Por todo redor do mundo
forças da mãe natureza
se juntam forte, no abraço
mesmo à quem reclame
E a cada outro segundo
com o quê há de certeza
firmam um trato, um laço
vulcões, tufões, tsunamis..

É terra, fogo, é ar e água
nas léguas dessa estrada
e unidas nessa entrega
como fosse num cortejo,
sem nenhuma trégua
tempo da régua medindo
o tempo que é todo findo
na rapidez de um lampejo

Na balança real, aferida
o quanto do peso da vida
que já é medida como ré
por culpa do ser irracional
No tanto dos seus crimes
não há pena que o redime
pois que acaso tenha a fé
ainda há de não ver o mal

O céu está ai todo poluído
a água é um lodo diluído
no chão cavado, o inciso
tudo a custo do moderno
Fez da bela casa, a Terra
palco das muitas guerras
e aqui não é mais paraíso
pois que se planta inferno

É zerado sua vez, homem...
assustando com carranca
enquanto ainda espanca
o pouco do que se tem:
O explorado que consome
o animal, mineral e planta
tudo que só você arranca
como não mais ninguém

Nulla hominum
09-11-2018
23h54min
(Murillo diMattos)