Noturna - Parte II
Ana na noite
ao som do violão
O vento de açoite
assobia matreiro
o tempo inteiro
da canção
As estrelas em coro
solfejam um não
(vindo do espaço
o lume não dá abraço
para a solidão)
Ana na noite
a cada passo do chão
é mais um compasso
é mais outro traço
é pulso, é coração
Ana na noite
é a fada-madrinha
nunca rainha
nunca amplidão
Tem a fome nos dedos
e a sede dos enredos
na emoção
Ana na noite
dá corda ao pinho
A uva de seu vinho
é a inspiração...
e assim meio encantado
chega um outro fado
a toque de baião
Ana na noite
o céu em puro afoite
e mais um recado
da vida e dos dados
em seu violão
Noturna - Parte II
24-11-2018
20h05min
(Murillo diMattos)
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 24/11/2018
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