Um quase cordel em quatro sextilhas ambiéticas
Mas que mundo é esse de coisas ignorantes
os fios e calçadas são tão mais importantes
que as árvores responsáveis pelo o nosso ar
Derrubam montanhas p'ra fazer arranha-céu
E é mesmo um mundo estranho, torpe, cruel
que nem sei se sei dizer o por onde começar
Sujam a água só para depois ter que filtrá-la
e para depois outra água novamente, sujá-la
e assim o mundo roda um círculo vicioso, vil
Como está estranho esse lugar que é nosso
O homem batendo no peito: tudo eu posso!!!
Não importando aonde, Índia, Irã ou o Brasil
Ô triste mundo triste, que chora como pode
Quando não é a terra, que por vezes sacode
é oceano que cospe suas águas volumosas
Ainda tem as intempéries que arrastam tudo
mas nem por isso o homem se tolhe mudo
pois ao planeta ferido dá o disfarce de rosas
É assim que se engana quem nada percebe
que a Terra, o planeta vivo, agoniza de febre
por mais que se diga isso a todo o momento
mas, há os que sonham de um jeito ou outro
que o planeta, bem mais humano, livre, solto
se refaça ao ponto, de toda a vida ter tempo
Um outro quase cordel em quatro sextilhas ambiéticas
12-12-2018
11h39min
(Murillo diMattos)
Ambiética é um neologismo criado pelo grande poeta recantista, Ricardo Camacho, o Poeta Carioca, cujo significado invertido quer dizer: poética ambiental. Sacada de gênio desse grande amigo, ao ler um rabisco meu. Obrigado, Poetão, por batizar esse meu estilo de gritar em defesa da natureza.
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 12/12/2018
Alterado em 13/12/2018
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