Vi (ainda há tempo)
o momento
das gaivotas em evolução
Olhei ao fundo
o mundo
sendo são

O mar em calma
com alma
oceano de paz
O imenso me vendo pequeno
me deixando sereno
me dizendo mais

Vi saudade que naufraga
no tanto de água
sumindo etérea
O norte se unindo ao sul
o lindo da terra azul
nada de coisa séria

Tudo isso assim, é pleno
em aplausos eu aceno
aos ventos terrais
Beijando todo o tempo
na rosa dos ventos
em momentos nupciais

Aqui esqueço de quimeras
hidras das eras
de Jasão
de qualquer Troia
somente minha história
sem guerra no coração

Aqui não há dor dos ais
é tudo tão mais
razão de viver
Se a vida é um cio
sou eu o meu navio
o avião do céu querer


27-03-2019
13h29min

Para meu amigo, Ulisses Oliveira...
poeta das imagens, dos acordes e dos versos, e por fim, um andarilho colecionador de paisagens.