Existografia
Aqui trancado
em um canto qualquer
tem um poema
que entrega tudo que sou
Fala de amores passados
paixões presentes
Até das dores que isso tudo causa
É um poema obscuro
pois diz
o que não gosto de mim
Poema trágico
que conta meus perdões
de acidentes que criei
de coisas que não fiz
Tem um texto molhado de suor
e pontuações a gosto de sangue
Têm lágrimas a cada início
e fim de estrofe
É tão extenso
que o fim só acaba quando se desiste de ler
É um poema que investiga
meus atos falhos
e pouco enobrece meus acertos
É um poema aonde a caneta
teve vontade própria
06-08-2020
17h43min
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 09/08/2020
Alterado em 09/08/2020
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