Textos
Parasita
Hoje só silêncio...
um que grita aos ouvidos
tipo uivo, se penso...
coisa sem sentido
Silêncio mórbido
a fala muda da vida
Um hiato como bólido
Sopro não dado a ferida
Hoje o silêncio da toada
o som mais do que calado
A morte desabotoada
lápide em péssimo estado
Vento que não vem
pássaro que não canta
Um trem
que não se adianta
O recado dado ao nada
A inércia descabida
Caminho sem estrada
A vontade perdida
O ar deflorado
a respiração não vinda
Só o silêncio, parado
a liberdade sem língua
Hoje mudo o bom dia
muda que não nasce flor
A mão dupla sem via
Hoje... a ferrugem é a cor
29-01-2021
07h37min
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 31/01/2021
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